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EU, PARTE E TODO

Série de poemas e desenhos em nanquim sobre papel de algodão 300gr.

2017

““I, Part and All” is a series consisting of drawings in Indian ink on cotton paper, and poems. The series is the consequence of a transformation of the perception of body, mind and reality meeting in a deep dance of silence in complete harmony, where the individual melts with the elements of a Brazilian coast. From the encounter between design and word we understand how any living or dead being is part of this harmonious dance and the divine silence.”

 

“Silent spaces: a different kind of art”, In NEW YORK STYLE GUIDE, 17.dez.2020

Exposições coletivas:
ART IN LIMA
Museu do vinho verde,
Ponte de Lima, Portugal,
2021

SPAZIALITÀ SILENZIOSE,
Santa Eufemia Gallery,
Veneza, Itália,
2020

*

GERAÇÃO 80

​

Tenho nas mãos uma estrela

com um pássaro morto na estrada me deparo.

Você no meu chôro, ri!

A vida é bela,

a vida é triste.

​

Hoje, mais triste do que sempre

tenho nas mãos uma estrela que se apagará.

 

*

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Geração 80, da série Eu, Parte e Todo, 2017. Tinta da China sobre papel de algodão, 35cm x 80cm.
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Bela Adormecida, da série Eu, Parte e Todo. 2017. Tinta da China sobre papel de algodão, 33cm x 79cm.
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Aborto, da série Eu, Parte e Todo, 2017. Tinta da China sobre papel de algodão, 35cm x 80cm.

*

 

BELA ADORMECIDA

 

Alma de mariposa, leve, se esvoa assim, mais cega que brilho de mar.

 

Bonita e invisível. Folha.

 

Ah... morrer como uma mariposa eu gostaria...

 

 Manu Romeiro, junho 2014.

​

*

*

ABORTO

 

Pequeno e transparente nasce um amor morto.

Tentativas de amar, nadar, nadar, nadar, nada.

Cansado,

levado à beira de praia, levemente descarregado, marola mãe,

peixinho prateado falta de ar,

brilha como uma estrela na areia.

 

*

PROCESSOS:

Que levam à série EU, PARTE E TODO

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Cada grão de areia, és tu. Cada molécula do oceano, és tu. Tu cantas para cada pássaro que te sobrevoa, seus olhos vão longe, guiam-te ao infinito azul. Desapareces, nem recordas mais teu rosto. Cada ser humano ao redor, és tu. Ou ninguém, também. São apenas a natureza. Tu és diversas camadas simultaneamente. Esqueceu-se que nasceu, e que um dia irás morrer. O planeta e você tornaram-se um grande espírito infinito. Nem morte, nem pressa. Nem distância nem fronteira. A morte é simbólica e tudo está sempre em mutação, apenas.

​

Manu Romeiro, Apenas lembranças de 2014, 2018.

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PROCESSOS: Caderno de artista, 2014. Caneta hidrográfica sobre papel, 14,8 cm x 21,0cm.
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Sem título, 2014. Nanquim sobre papel. 35cm x 80cm.
fotografias: Estúdio Garagem
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